sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Pérfido.

Ela sabe e já está cansada de tentar entender. Não pode ver, não pode sentir, mas sabe. Sabe que é muito melhor do que parece. Sabe que sua capacidade não se limita a folhas de papel. Sabe que pode ser muito melhor e ainda será. Mas algo a impede de seguir em frente. Medo, dor, amor, amor. A canção pode invadir os ouvidos e inspirar a alma mas a insegurança ainda a segura, tão tão companheira. Ouve um tempo de dias melhores, onde o som do piano de calda encantava a alma. Bem sabe que o passado jamais será presente e o futuro ainda está por vir... Longe, logo ali. Não sabe o que fazer. Pela cabeça passa tudo... Tempo, sentimento. Então ela corre pra longe onde pode ouvir anjos cantarem. Mas nada a vê. Então ela fecha os olhos e enxerga. A agonia fantasma se vai e leva consigo o desespero e então ela chora. E pela primeira vez não sente fraqueza. Passou, já foi. Agora ela pode recomeçar a trilhar seu caminho, encontrar sua estrada, alcançar as estrelas sem cegar o céu. Plena, simples, suficiente.